sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dualismo Feminil






Conheço duas mulheres.

Qual é frágil?
Quem é poderosa?

Fácil quando olho as estrelas.
Se lá vejo o brilho - tácito.
Ou dele sinto falta - ácido.

São duas estrelas,
Uma cintila nos olhos das crianças
A outra o mulheril fulgura.

Uma é a alma
E a outra é a flor.
A alma é singela.
A flor é vermelha.

Uma canta, dança, fala,
Outra acalanta, cala.
A que fala olha a tela
A calada o peito martela.

Qual é frágil?
Quem é poderosa?

Os cianogênios olhos da fera
Cá as letras dilacera.
E a bela fulmina-me na artéria
Escorre meu negro sangue.

Aquela segura o aperto,
Essa desata o esperto,
Pois uma é a que fere
A outra que me ingere.

Copyright ©Wagner Ortiz - 2013
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BN- 178-2/299-3
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