Sou, ó mar
bravio,
Só viúva gota
D’água,
perene,
Que em teu
golfo abraçada,
Suspira teu
gene,
Dispo a espuma
rota
De teu azul
esguio.
Condene-me teu
desafio,
Das águas a
tormenta brota!
Cálida tua fina
tez me depene,
Transpassa-me
tua alvura delicada,
Pois habito
teu berço solene
Deveras
Cabral em tua rota,
Meu
versejado leme guio.
Feneço ao
braço que me cede,
Em tuas
águas, candentes pingos,
Ardor, na alma
compenetras.
E nessas
noites infindas de luar
Com
tormenta me penetras
Tuas preces,
choramingos,
Loura cor
que me embebece.
Sorvedouro
de tua sede,
Nobre único
pingo
Condensado
de letras,
Chuva tórrida,
teu alimento.
Teu vício à
tua boca perpetras
Sem nenhum respingo
Diante do
que te excede.
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